segunda-feira, 30 de junho de 2008

As lojas de conveniência "24 horas" de Lisboa

Ontem a noite decidi passar em uma loja de conveniência 24 horas de um posto de gasolina (ou bomba de gasóleo, como preferirem) que fica perto da residência universitária. Com certeza seria o único lugar aberto nas redondezas depois da meia noite. Minha salvação no(c)turna, já que precisava comprar uma Coca-Cola de 2 litros a pedido do Ilo e estava morrendo de fome.

Cheguei à bomba de gasóleo sem frentista algum (aqui em Portugal são os próprios clientes que enchem o tanque de seus carros e depois pagam ao funcionário da loja de conveniência) e alegrei-me ao ler o M24 da loja de conveniência. Nenhum segurança contratado, nenhum policial por perto, mas todos agindo civilizadamente - coisa que, para o deleite do frentistas brasileiros, seria um desastre no nosso país - e pagando corre(c)tamente o preço do abastecimento. Tudo lindo, muito bonito. Ou quase.

O posto é 24 horas sim senhor, mas a loja de conveniência, que tem um letreiro enorme escrito "M24", não. O "M" significa a rede de supermercados Modelo, patrocinadora oficial da seleção lusitana, e o 24, obviamente, alude ao fa(c)to de estar sempre aberto. Alude, mas ilude, pois a porta automática da loja de conveniência fica fechada e os clientes não podem adentrar o recinto. Com apenas um funcionário dentro, quase como em um aquário, ele é o responsável por atender os clientes por detrás do vidro.

Minha sensação foi de ter culpa autenticada no cartório ao ser impedido de entrar na loja. Prateleiras e mais pratileiras de produtos lá dentro, eu morrendo de fome e sem o direito de escolher o que iria comprar (até porque era muito importante saber o preço das coisas). Salgadinhos, bolachas, chocolates e toda a sorte de guloseimas, prontas para serem escolhidas, e eu impedido de chegar à elas. Com direito ao funcionário ser, claro, extremamente grosso e sem nenhuma paciência para atender clientes.

Moral da história? Pedi uma Coca de 1,5L, convenci psicologicamente meu estômago que não seria dessa vez que o agradaria e fui pegar o autocarro (ou ônibus, como preferirem) para Benfica. Ainda tinha o trabalho de Filmologia para fazer - que aliás, ainda estou aqui na casa do Ilo e do Rená para terminar -, com sono, com fome e sem comida.

Nada como o bom e respeitoso serviço de atendimento português ao cliente!!!

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