terça-feira, 13 de maio de 2008

Bellucci, a nova promessa do tênis brasileiro

Nada de dizer que Bellucci é o novo Guga, mas o paulistano Thomaz Bellucci, 20 anos, é a nova promessa do tênis profissional brasileiro.

Nada de queimar etapas, também. De Gustavo Kuerten Bellucci não tem nada, então é bom os brasileiros não esperarem que ele ganhe um Roland Garros tão cedo. O tenista que se profissionalizou em 2006 e já ocupa a 81ª posição do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) vem de uma impressionante sequência de 17 vitórias consecutivas.

Só este ano Bellucci já conquistou 4 challengers - torneios inferiores aos ATPs e mais importantes que os Futures (veja a explicação sobre os diferentes torneios no final deste post) -, sendo que os últimos 3 nas últimas 3 semanas.

Hoje Thomaz estreiou no challenger de Bordeaux com outra vitória. O brasileiro superou com tranquilidade o francês Alexandre Sidorenko pro 2 sets a 0 (com um duplo 6/3). Nas oitavas-de-final, Bellucci enfrenta Vik de Voest, sul-africano de 27 anos e 128° do mundo, e, caso vença, se tornará o brasileiro melhor colocado do ranking da ATP, superando o gaúcho Marcos Daniel, atual 74° colocado.

A realidade é que os últimos resultado de Belluci o fizeram subir mais de 90 posições no ranking de entradas. O tenista ganhou os challengers de Florianópolis, Tunis e Rabat sem perder nenhum set em 12 das 16 partidas. Thomaz não sabe o que é perder há mais de um mês - desde 11 de abril, quando desistiu contra o colombiano Santiago Geraldo válido pelo Zonal Americano da Copa Davis.

ATP? Future? Challengers? Como assim?
Para quem não conhece o suficiente de tênis, a Associação Profissional de Tênis (ATP, na sigla em inglês) classifica seus torneios de acordo com a sua importância. Os maiores torneios são os 4 Grand Slams - abertos da Austrália, de Roland Garros, de Wimbledom e dos Estados Unidos. Em seguida vêm os Masters Series como os de Mônaco, Hamburgo, Miami, etc. e, na sequência, estão os ATPs. Estes são os torneios profissionais. Quanto mais importante o torneio, mais pontos o tenista ganha ao alcançar uma vitória. Os challengers estão logo abaixo dos ATPs e acima dos Futures, que são os torneios que são a base dos tenistas em início de profissionalização.

Isto significa que os pontos conseguidos pelo Thomaz não são suficientes para o colocar em uma posição de destaque no ranking ainda, mas nada que o tempo não possa "consertar". Agora é torcer para que o jovem mantenha a cabeça no lugar, continue a evoluir seu jogo e ganhe confiança para vôos mais altos.

A promessa, em breve, pode se transformar em realidade.

A foto foi gentilmente copiada do UOL.

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