Voltando à rotina depois de um dia de luto

Passada exatas 24 horas depois da eliminação do São Paulo na Libertadores da América, pretendo voltar com a programação normal do blog. Por mais difícil que seja admitir, existe vida após a Libertadores.

Até que acabei sentindo menos do que esperava. Sofri durante os 90 minutos e depois foram mais 30 minutos de anestesia completa pós-eliminação, mas pelo menos não passei pelos estágios de raiva e negação tão comuns à essas situações.

Analisando friamente o resultado, ambos os times "mereciam" continuar na competição e foi um confronto digno de Libertadores. O Fluminense fez por "merecer" e levou a classificação. É o time com a melhor campanha da Libertadores e, apesar da torcida não ajudar, tem 100% de aproveitamento em casa. São 5 vitórias em 5 jogos e apenas 1 gol sofrido (o do Adriano, de ontem) jogando no Maracanã.

O Flu pega agora o perigosíssimo Boca nas semifinais, que fez 3 a 0 fora de casa em dia inspiradíssimo de Palermo. Foram 3 gols em 30 minutos que decidiram o jogo ainda no primeiro tempo. O Boca mostrou mais uma vez que é copeiro e que é muito perigoso fora de casa.

Na outra semifinal, a LDU derrotou o San Lorenzo em casa, nos pênaltis, após outro 1 a 1 nos 90 minutos. A equipe equatoriana, que vem fazendo boas e consistentes participações nos últimos anos na Libertadores, enfrenta o surpreendente América. O time mexicano acaba de eliminar o Santos, que reclamou justamente da arbitragem. O time brasileiro é eliminado injustamente da competição, embora justiça e merecimento sejam palavras que muitas vezes não se aplicam ao futebol.

Serão duas semifinais muito desequilibradas. O vencedor de Boca x Fluminense é, na minha opinião, franco favorito ao título. Para mim, dá Boca Juniors x LDU na final.

Quanto ao São Paulo, o time realmente não tem feito por merecer esse ano. Ainda não encaixou. É se contentar mais uma vez em tentar levar mais um Brasileiro para casa, embora esse ano a tarefa seja muito mais difícil. Palmeiras, Cruzeiro, Internacional, Flamengo e Fluminense têm bons times para brigar pelo título e a diferença entre as 20 equipes da 1ª divisão está cada vez menor a cada temporada.

Mas a vida não é feita só de futebol e bola para frente. Sou doente por futebol, mas pelo menos tenho consciência da minha loucura! A única coisa boa disso tudo é que, pelo menos, não vou ficar acordado até 5, 6 da manhã para ver meu São Paulo jogar toda quarta-feira.